A polícia encontrou no celular do suspeito uma mensagem enviada direcionando-se a uma tia, onde Marcelo pedia perdão e confessava o crime. Ele foi autuado em flagrante, por homicídio doloso triplamente qualificado e se encontra detido. Adriana Moura de Pessoa Carvalho Morais, de 39 anos, foi assassinada com um tiro na cabeça, e a criança de oito meses Jade Pessoa de Carvalho Morais foi atingida com um único disparo, à queima-roupa.
O tiro entrou pelas costas e saiu pelo tórax do bebê. Um vizinho afirmou à polícia que estava assistindo à TV e, por volta de 2h, ouviu dois estampidos, em sequência. Segundo o suspeito, o casal passou por uma crise em março deste ano, mas já havia contornado a situação. Ele confessou que tinha ciúmes da esposa. Marcelo estava completando 37 anos de idade neste domingo (23). A família, que mora em Fortaleza, passava o fim de semana na casa de praia do pai de Adriana. Rafael Barberena, irmão de Marcelo, e sua esposa Ana Carolina Vilas Boas também estavam na casa e foram levados para fazer exames residuográficos.
O procedimento também foi realizado nas mãos da vítima. Eles prestaram depoimento junto a Marcelo, na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, em Fortaleza. De acordo com a delegada Socorro Portela, foram constatadas divergências e contradições nos três depoimentos. Ainda conforme a delegada, Marcelo não explica como o crime aconteceu. “Não confessa, não justifica, não fala. Só contou uma história que foi combinada entre os três”, declara. Em depoimento, o suspeito informou que havia dormido em um quarto com a filha de 7 anos.
Adriana Moura e a bebê de 8 meses dormiam no quarto ao lado. De acordo com Marcelo, ele entrou no quarto para acordar a esposa, viu a criança, mas não percebeu que estava morta. Em seguida, acariciou as pernas da esposa e percebeu que ela não se mexia. Gritou pelo irmão, Rafael Barberena, que examinou Adriana e constatou a morte. A casa de praia não apresenta nenhum sinal de arrombamento e nenhum item foi levado do local. No quarto em que Marcelo dormia, a perícia encontrou um revólver calibre 38, com espaço para cinco balas, mas nenhuma munição.
A arma estava dentro do bebê conforto, e Marcelo informou desconhecê-la. No apartamento do suspeito e de sua esposa, localizado no Bairro Cocó, foram encontradas oito armas, de vários calibres. Ele disse que as armas eram de herança da família e mencionou que seu avô era delegado. No celular da vítima, foi encontrada outra mensagem em que um parente de Adriana afirmava que Marcelo tinha confessado o crime.
A polícia irá solicitar comparação balística da arma encontrada no local e as balas que atingiram às vítimas, além de exame de DNA da bebê e do suspeito. “Não dá pra dizer que a motivação do crime seria referente a herança e bens, porque ele é gerente em uma loja de móveis planejados, a família possuía fazenda, o pai já foi prefeito e o avô é delegado”, conclui a delegada Socorro Portela.
A família mora em Fortaleza passava o fim de semana na casa de praia do pai da vítima.
Rafael Barberena, irmão de Marcelo, e sua esposa Ana Carolina Vilas Boas também estavam na casa e foram levados para fazer exames residuográficos
Marcelo Baberena de Moraes confessou que tinha ciúmes da esposa.
No apartamento do suspeito, localizado no Bairro Cocó, foram encontradas oito armas, de vários calibres e munição. (FOTO: Polícia Civil)
Foi encontrado um revólver, de calibre 38, dentro do bebê conforto.
Foi encontrado um revólver, de calibre 38, dentro do bebê conforto.
Fonte: Tribuna de Ceara
Redação: Morena Freire
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